O Brasil é o sétimo maior consumidor de TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação) do mundo, mas para chegar a uma posição melhor até 2014 é preciso ter um plano de governo que deve começar com o estabelecimento de metas ousadas. Essa é uma das conclusões da conferência sobre as tendências de TI e Telecom no Governo brasileiro que a IDC Brasil acaba de realizar.

"Os Países que desejam prosperar devem ter um objetivo definido para as áreas de TI e Telecom. Temos como exemplo de sucesso a Índia, que elaborou uma estratégia refinada e tornou-se líder na prestação de serviços tecnológicos de processos na modalidade offshore e é responsável por mais da metade das exportações de serviços de TI do mundo, gerando milhares de empregos", declara Mauro Peres, country manager da IDC Brasil.

Para um bom plano de TIC no Governo é necessário que as metas sejam elaboradas de acordo com quatro pilares O primeiro ponto seria melhorar a eficiência interna e produtividade, por meio do investimento em conceitos e ferramentas como Computação em Nuvem, Virtualização e Terceirização.

TIC como ferramenta para promover melhores serviços aos cidadãos é o segundo fator mostrado por Peres. Dentro desse contexto, é necessário investir em recursos e tecnologias como o governo 2.0, BI, redes sociais, digitalização e integração do governo com a nova geração de cidadãos.

Outro dado importante é o uso da TIC para aumentar a produtividade e a competitividade do País, por meio da inclusão digital, mobilidade e banda larga, entre outros elementos. Segundo o executivo, estima-se que existiam mais de 32 milhões de conexões de banda larga na América Latina, em 2009. O Brasil tem 5,98% de conexão e está abaixo de Países como Argentina 10,0% e Uruguai 9,97%.

O ultimo pilar são as Políticas de Desenvolvimento da Indústria de TIC, que englobam questões como regulamentação, terceirização e pesquisa e desenvolvimento, além de créditos e incentivos fiscais para os fornecedores.

Dada a importância das áreas de TI e Telecom para o desenvolvimento do País nos próximos anos, a IDC preparou algumas metas ousadas que poderiam ser estabelecidas pelo Governo. Para Mauro Peres seria importante definir em quais áreas o Brasil deverá ter uma posição de liderança em termos de inovação e de propriedade intelectual.

Além disso, o próximo Governo deverá se preocupar com a estrutura em relação a TIC para sediar a Copa do Mundo e as Olimpíadas não somente para evitar um vexame, mas para que os investimentos realizados tragam benefício a longo prazo para o País e que não sirvam apenas para os eventos em si.